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sábado, 24 de novembro de 2012

Aquele momento que a gente trava.


Acontece com todo mundo. 

Não existe remédio. Nem uma maneira de prever. Não é físico, mas também não é um sentimento. Poderia até ser um estado de espírito, porém e quando você acha que consegue, pensa que consegue, chega a conseguir na sua cabeça, mas quando tem que por pra fora trava? Está mais para um estado de momento, como se a impressora da sua mão tivesse agarrado no papel e tudo sai meio misturado. Meio sem lógica. Da esquerda pra direita, quando deveria ser o contrário.

A gente até aprende a escrever: fato. Mas escrever, digo, escrever mesmo - como aqueles textos que fazem a gente respirar mais forte - isso, amigo, é dom de poucos.

Quem dera eu tivesse tal dom. Quem dera pudesse moldar as letras sob a  minha vontade. Pegá-las, joga-lás e ordenar que se rearangem a meu bel prazer.

Mas não, não tenho mesmo. Se tivesse não estaria aqui, escrevendo isso que deveria ser uma desculpa por não conseguir escrever. Se tivesse, já teria publicado as ideias que tive no decorrer do mês. Se tivesse eu não clicaria em "Criar uma Nova Postagem" só para ver o cursor aparecer, desparecer, aparecer, desparecer, aparecer, desparecer...

O engraçado é que as vezes flue. As vezes o papel se ajeita - como uma impressora de última geração que certo dia vi. Então penso. Não. Percebo que nunca fui eu que mandei nas palavras. Que nunca as moldei quando queria. Que o que eu julguei ser minha obra fora nada mais que obra delas. Que eu sou muito mais servo que senhor. E que as obedeço. 

Elas que fluem em mim. Me ordenam que as jogue. Que as molde e que as deixe da maneira que elas julgam ser a melhor.


Injustiça é eu levar o crédito.