Ads 468x60px

domingo, 30 de dezembro de 2012

Resenha - Branca de Neve e o Caçador


Título Original: Snow White and the Huntsman

Gênero: Aventura
Autora: Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock, Hossein Amini
Edição: 1º
Ano: 2012
Editora: Novo Conceito
INBS: 978-85-8163-018-2
Nº de Páginas: 208
Sinopse:

Há dez anos, a vingativa Rainha Ravenna assassinou o rei na mesma noite em que se casara com ele. No entanto, dominar o reino tornou-se um sofrimento para a Rainha. Para salvar seus poderes, ela deve devorar um coração puro, e Branca de Neve é a única pessoa com esse coração. A fim de capturá-la, Ravenna recorre ao Caçador, o único homem que já se aventurou pela Floresta Sombria e sobreviveu. Branca de Neve será morta pelo Caçador? Ou será treinada por ele e se tornará a melhor guerreira que o reino já conheceu?


   Branca de Neve e o Caçador é nada mais nada menos que um romance adaptado do roteiro que deu origem ao filme (e cujo título é o mesmo), enquanto esse é uma clara recontagem do clássico infantil: Branca de Neve e os Sete Anões. Faz-se necessário informar que eu não possuo gabarito para comparações com o original (ou melhor, o original que a Disney apresenta, visto que todos os nossos clássicos são baseados em originais muito mais sanguinários). De fato, eu já não me lembro de quase nada do conto de fadas.

   Entretanto, mesmo sem comparações, devo dizer que não me agradei muito com o livro, Pra começar com os personagens: nenhum deles é fortemente aprofundado e isso é, na verdade, algo comum quando se olha para adaptações de roteiros, pois muito do sentimento do filme está na trilha sonora, o que se passa despercebido quando se está reescrevendo em romance. E isso vai muito além: os personagens sofre epifanias, como aconteceu com a própria Branca de Neve e com a Ravenna - madrasta e assassina do rei. Ambas demostram uma maneira de agir no decorrer do livro e PUMF de uma página para a outra elas são novas pessoas, quase outras entidades. Não convenceu nem um pouco, e as cenas da Ravenna passando seus últimos segundos como boa alma estavam ensopadas com uma boa hipocrisia.

"[...] Ravenna não desejava que a garota morresse, mas não tinha escolhaPág. 203

   O espaço tem sua narração feita de maneira rasoável. Não chega ao detalhismo do Tolkien (mas, pera, quem chega, né?! haha), porém não deixou a desejar. Uma característica positiva se levar em conta a maneira como agilizou a leitura.

   Uma outra característica nada agradável foi a maneira como o PLOT se desenvolvia. A sensação que eu tive foi de que o clímax nunca chegava. Todas as vezes que brotava um sentimento de "É agora! Vai acontecer alguma coisa que vai fazer a minha cabeça pirar!!!",  bom, nada acontecia. E o pior era que o livro tinha potencial para fazer acontecer, mais que isso: ele te preparava para fazer acontecer. Decepções...



   A diagramação, por outro lado, é um verdadeiro arraso! Uma das mais lindas que já vi. Todo início de capítulo vem com em folhas todas desenhadas. Páginas amareladas, fonte e espaçamento ideias para uma boa leitura - típico da Novo Conceito, que sempre cuida muito bem dos seus modelos editoriais!

E o conceito final de Branca de Neve e o Caçador é:



Primeiramente, recomendo o livro para quem gostou do filme. Sempre é bom para se notar aquele detalhe que passou despercebido ou tentar entender o porquê de tal cena, enfim, colocar amarras na história. Também sugiro se você procura algo leve e cute recontagens de contas, afinal, quem não gostaria de ver um princesa da infância virando guerreira, hein?!