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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Resenha - Anna e o Beijo Francês



Título Original: Anna and the French Kiss

Gênero: Romance
Autora: Stephanie Perkins
Edição: 1º
Ano: 2011
Editora: Novo Conceito
INBS: 978-85-63219-32-9
Nº de Páginas: 288
Sinopse:
Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris, já que seu pai, um famoso escritor norte-americano decidiu enviá-la para um colégio interno na cidade luz.Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, uma melhor amiga fiel e um namoro prestes a acontecer. Mas ao chegar em Paris Anna conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito. Só que Étienne, além de tudo, tem uma namorada... Anna e Étienne se aproximas e as coisas ficam  mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?


   Esse foi um dos livros que li mais rápido. E não pra menos, depois de digerir e ter que fazer trabalho em cima de clássicos com Ana Terra e São Bernardo, meu ser mais do que clamava por uma leitura leve e descompromissada.

   O livro é, claramente, escrito para o público jovem feminino, o que não impede de maneira nenhuma a leitura por um garoto - embora eu duvide muito que vá atraí-los (eu mesmo só o li por ser prêmio no TOP COMENTARISTA). Acontece que é uma narrativa bem suave, contada em primeira pessoa pela protagonista que, como toda adolescente apaixonada, não poupa palavras para descrever como seu amor é perfeito e sexy e bonito e atraente e cheiroso e com um sorriso divino-que-me-faz-derreter, (enfim, acho que você entenderam) e isso certamente incomoda, não só algumas meninas, como, creio, todos os meninos.

   Anna e o Beijo Francês pode ser declarado como um livro me fez rir! Mas, sério, risos em dobro se você é menino. E eu já vou explicar o porquê.

   A obra foi feita para ser descontraída e não exigir concentração em demasia. É repleto de cenas cômicas e comentários hilariantes. Mas se você não faz parte do público alvo, ainda consegue rir de coisas banais, tipo os diálogos. Gente, como eu ri com os diálogos! Eu me acabei de rir, porque ninguém fala daquela forma, porque quando você está entretido na leitura você não percebe o quanto aquilo soa patético! Cômico!

"[...] Mas a porta se abre rapidamente, e uma mão cheia de alguma coisa atira algo em nossa direção antes que a porta se feche novamente.
Camisinhas. Oh, meu Deus, quanta humilhação.Pág. 149

" - Uau, Anna. Você é uma bêbada muito malvada." Pág 217

"[...] Mando os colegas de sala irem para aquele lugar... e mada Guillotine fica louca comigo, não porque os mandei para aquele lugar..., mas porque não disse em francês. O que há de errado com essa escola?" Pág 254

"[...] Eu agarro a bandeja e prendo a respiração.
 - Bonjour, uh... sopa? Sopa? S'il vous plâit?
'Bom dia' e 'por favor'. Aprendi palavras polidas, primeiro na esperança de que o francês me perdoará por trucidar o restante da bela linguá deles.[...]" Pág 43

   Separei algumas citações que me fizeram gargalhar. Olhando assim talvez pareçam sem graça, mas por trás de todas há alguma coisa que dá todo o sentido. Ah, você também podem perceber que é narrado em tempo presente, o que pode criar algum estranhamento inicial, mas depois passa.

   Mas eu não falei não contei nem pouquinho do livro, né?! Primeiro fato: Anna é mandada para um internato na França.

" É sério. Quem manda os filhos para um internato? É tão Hogwarts. Só que o meu não tem feiticeiros bonitinhos, balinha mágicas ou aulas de voo." Pág 8

   Chegando lá, sem nenhum domínio, ou mesmo conhecimento, do idioma, ela depara com um mundo totalmente novo. O choque cultural que Anna sofre só não é mais forte devido a seu medo. Sim, Anna tem medo - ou seria vergonha? -  de sair sem dominar francês e ficar igual uma pateta. É bem compreensível visto que para eles, aprender as línguas latinas é muito difícil. Na verdade, os momentos de interação oral sempre são cômicos.

"Um punho bate contra a minha porta. Meus olhos se abrem de sobressalto e meu primeiro pensamento é: -ai, -as, -a, -âmes, -âtes, -érent. Porque estou sonhando com o tempo passado dos verbos terminados em -er?" Pág 159

   Mas Anna também encontra pessoas com quem estar. E, dentro da sua escola, SOAP - School of America in Paris -, apenas inglês já basta.

" Minha vermelhidão diminui. É claro que fala inglês e uma escola americana. E eu vivendo de estúpidas peras e baguetes por cinco dias" Pág 43

   Ela se primeiro com Mer - uma amiga muito sensível e que adora futebol. Depois com St. Clair o grande galã da estória, além de Bridge, Rashimi, Josh, Dave, Amanda, Matt, Toph e vários outros. Pode parecer muitos personagens mas eles são introduzidos tão suavemente que você se acostuma automaticamente.

   Uma coisa são pode deixar de ser falada antes de terminar a resenha: não tem como não querer ir para Paris. O modo como a autora descreve a cidade e suas sutilezas deixa qualquer um encantado. Não sei se ela esteve lá, mas se ela, por acaso, não esteve, então bem... Ela usou bastante Google Maps, por que a descrição ficou muito boa!

E o conceito final de Anna e o Beijo Francês é:



O livro é recomendado para quem está a fim de uma leitura leve, suave e descompromissada. Meninos devem ter cuidado se realmente querem encarar as palavras de Anna, que podem muito melosas. O riso é garantido!