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sábado, 14 de julho de 2012

Resenha - Crônicas do Mundo Emerso: 1 - A Garota da Terra do Vento

Título Original: Cronaches del Mondo Emerso: 1 - Nihal della Terra del Vento
Gênero: Aventura / Fantasia
Autora: Licia Troisi
Edição: 1º
Ano: 2004
Editora: Rocco
INBS: 85-325-2003-0
Nº de Páginas: 320

Sinopse:
"O Mundo Emerso está prestes a ser conquistado. Um após outro todos os reinos estão sendo devastados pelo Tirano e seu exército de monstros. Apenas uma jovem parece ter o poder de mudar esse destino tão ameaçador: Nihal, a garota da Terra do Vento."

   Sabe aquele livro que te decepciona em muitos aspectos? Que deixa a desejar e faz você se perguntar como ficou tão famoso, e como ainda tem tantos volumes de continuação publicados? Pra mim, um dos que se enquadra nessas condições é o livro de que vos falarei: o primeiro volume d'As Crônicas do Mundo Emerso.

   Sabe o que é pior ainda? Saber que, mesmo assim, você ainda quer ler o próximo volume, só para saber se melhora ou se continua na mesma... 

   A estória de Nihal se passa no Mundo Emerso: um grande continente que é dividido em oito Terras e que possuía um centro de governo político em sua nona parte: a Grande Terra.

   Nihal, ao contrário do que se imagina lendo a sinopse, não é uma heroína formada, poderosa e letal. Trata-se de uma jovem singular, com orelhas pontudas, cabelos azuis e olhos violetas que gosta, e possui, muita habilidade com espadas. É interessante as muitas mudanças que a personagem faz no decorrer da narrativa. E também não são nada sutis. Pelo contrário, certos acontecimentos transformam-na da noite para o dia deixando o leitor simplesmente aturdido com certas atitudes rudes, frias, distantes, arrependidas, enigmáticas e muito depressivas.

   O livro é narrado em terceira pessoa. E o narrador não se prende nem a localização nem aos pensamentos da protagonista. Investigando atos e sentimentos de alguns outros personagens com que são relativamente importantes para a narração, como: Senar - mago e melhor amigo de Nihal; Soana - mestra das artes mágicas e "tia" de Nihal; Fen - mestre guerreiro e amor inalcançável de Nihal. Essa forma de escrita favoreceu muito a compreensão da personalidade de cada personagem.

   Entretanto o que foi satisfatório em personagens deixou a desejar em organização do enredo. A história, apesar de muito interessante, foi mal explorada. Logo no início do livro, pulamos grandes partes de história de uma maneira muito abrupta. Claro, fica-se subentendido que seria tedioso ler sobre os anos onde nada acontece, mas acho que o "pular" o tempo poderia ser introduzido de uma maneira melhor.

   Outro fator que e incomodou foi o excesso de explicações vagas, sobretudo em diálogos, onde, mesmo depois de perguntas bem específicas, você encontra muitas reticencias lógicas, o que pode frustar quem busca respostas.

   Resposta para perguntas como "Como funciona a magia nesse mundo?". Sim, o Mundo Emerso é um mundo onde existe magia, mas se você espera entender como funciona. Quais são os riscos, facilidades ou possibilidades com as artes sobrenaturais, pode esquecer que nesse volume você não encontrará nada.

   O livro é repleto de figuras místicas, como duendes, gnomos, dragões e eu gostei do modo como a autora adaptou ou reinventou alguns conceitos. Não pude diexar de comparar com Eragon, que na minha opinião é muito melhor que esse livro, mas ainda tenho esperanças com essa série - que só pra contar já acho que oito livro publicados pela Rocco.

   Como é bem típico desse livros fantásticos que se passam em continentes imaginários, o modo de se falar é bem formal, sempre em segunda pessoa. Quem nunca se aventurou em um gênero assim, pode até estranhar, mas quem já leu estará super habituado.

   A estória é muito depressiva, devo informar. Há, sim pontos culminantes de ação e, as vezes, descontração, mas, na maioria das vezes, Nihal está sofrendo por algum motivo específico e por todos ao mesmo tempo. Também há muita violência e as descrições de batalhas podem ser pesadas para os não acostumados, mas nada de horroroso.

No fim, o conceito final do primeiro volume d'As Crõnicas do Mundo Emerso é:





Eu não vou recomendar esse livro. Não por enquanto, porque não me agradei muito com esse volume, mas pretendo ler alguns dos próximos, para saber se vale a pena!