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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Resenha - Sussurro

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Gênero: Romance
Autor: Becca Fitzpatrick
Edição: 1º
Ano: 2010
Editora: Intrínseca
INBS: 9788598078786 
Nº de Páginas: 259
Sinopse:
   Se apaixonar nunca foi tão fácil… ou tão mortal. Para Nora Grey, romance não era parte do plano. Ela nunca se sentiu particularmente atraída por nenhum garoto de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga Vee os empurre para ela. Não até a chegada de Patch.
Com seu sorriso tranquilo e olhos que parecem enxergar dentro dela, Nora é atraída por ele contra seu bom senso. Mas após uma série de acontecimentos aterrorizantes, Nora não sabe em quem confiar. Patch parece estar onde quer que ela esteja, e saber mais que ela do que seus amigos mais íntimos.
    Ela não consegue decidir entre cair nos braços dele ou correr e se esconder. E quando tenta encontrar algumas respostas, ela se acha próxima de uma verdade que é bem mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir. Pois Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que caíram – e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada poderá custar sua vida.



   Esse é o primeiro sobrenatural envolvendo anjos que eu leio e, sim, pode me chamar de desatualizado... Confesso que não foi uma experiência boa, ou melhor, satisfatória, mas também não foi ruim. Ainda asism, acredito que teria sido melhor se eu tivesse escolhido A Batalha do Apocalipse ou Vale dos Anjos, mas tudo bem, eu escolhi Sussurro para minha iniciação angelical - se me permitem o trocadilho.

   Se tem uma palavra que definiu o que eu senti lendo esse livro, essa palavra é clichê. Nora Grey é uma adolescente comum, com uma vida comum, entretanto permeada de alguns mistérios que não são nem absurdos, nem fúteis, como o mistério da morte de seu pai e alguns acontecimentos esquisitos no decorrer de seus dias. Principalmente após conhecer Patch.

   Falando em Patch, eu desconheço a razão da forte atração que as leitoras tem por ele. Fatalmente é algo que eu, como homem, não consegui perceber durante a leitura. Pelo contrário, Patch foi um personagem que não me agradou. Arrogante e prepotente eu até aguento, afinal ele é um *¨%$#, mas eu detesto a inconstância dele. Horas um gentlemen, horas um cafageste e horas uma batata muda... E, bem, se uma das fãs de Patch estiver lendo isso, nada contra. Os comentários são pefeitos para você dizer o quanto eu estou errado.

   Outra personagem que não me agradou foi a Nora - e com isso você percebe que eu não gostei de muita gente nesse livro -. Já é conhecimento de todo leitor que empreitadas em primeira pessoas são, no mínimo, perigosas. Você tem que saber o que faz. Não digo que a Becca não sabia o que estava fazendo, mas certamente ela vacilou em alguns pontos, como, por exemplo, a inconstãncia de Nora. Ficou evidente que a intenção da autora era mostrar a fragilidade e divergência AmorXRazão, mas isso tornou a leitura cansativa repetitiva. Para ter uma noção em todos os encontros com Patch havia algo similar a isso:
   Eu sabia que deveria fugir, a parte do meu cérebro responsável pela autopreservação gritava isso. Mas não foi o que eu fiz. Dei dois passos e escutei o último zumbido de razão se esvair. Eu já não respondia por mim mesmo e culpa era de Patch.

   Quem leu o livro deve lembrar de alguns episódios com palavras similares a essas. Como eu não estou com meu livro aqui, isso é só uma representação, não uma paráfrase.

   Apesar de tudo, o livro corre tranquilo. Acredite ou não Pacth não é o maior problema de Nora. Há outras personagens secundárias que são um tanto necessárias para o andamento da estória, mas eu não pretendo me alongar nelas, acho que descobrir quem elas são é parte de umas das coisas boas do livro.

   Uma vez que personagens secundárias foram citadas, vale lembrar que todas as impressões são tidas a partir da visão da protagonista, visto que o livro é narrado em primeira pessoa e isso, como sabemos, restringe a nossa capacidade de tirar conclusões sobre o caráter. A única exceção é um prólogo, narrado em terceira.

   A visão da protagonista, quanto ao espaço, é detalhada, mas sem cansar a leitura. Entretanto sua perícia descritiva se mostra na caracterização física de personagens, uma narração completa que nos permite imginar tão detalhadamente cada personagem. Embora na minha cabeça o Patch não tenha nariz nem boca, e eu não sei o porquê - provavelmente porque a Nora tem uma certa tara com os olhos negros dele que nem consegue ver o resto.

http://3.bp.blogspot.com/-CsVOwMvNsIg/TbD1lkTfv3I/AAAAAAAAAKI/JVFofDe6KOc/s1600/hush+hush+brasil.jpg   Uma coisa que merece uma atenção especial nessa resenha é a intrepretação da capa. Sinceramente, a capa de Sussurro não faz o menor sentido. Primeiramente, todos tem a ideia de que ele está caindo, mas na minha cabeça ele está sendo é arrebatado. Percebemos uma metáfora entre Terra e céu intrínseca nos tons de cinza. A parte mais clara seria o céu, a mais escura, Terra. Entretanto, o atrito causado pelo ar quando ele está caindo faria as asas ficarem em um ângulo muito mais obtuso, o que não vemos. Logo, há uma incoerência, pois as penas acima dele afirmam que ele está caindo, mas a angulação de sua asa diz que ele está subindo. Questionei isso com alguns dos meus amigos e fui taxado de paranóico, mas e você, o que acha? Entendeu meu ponto de vista? Essa capa merece alguma reflexão, certo?

   O material é delicioso. A textura na capa, entretanto, me impediu de ler em alguns momentos pelo simples fato de que amigos queriam passar a mão... ¬¬ As folhas são amareladas, como sempre se espera da Intrínseca, e permitem a leitura por mais tempo, e em alguns locais onde folhas brancas seriam impossíveis.

   E o conceito final de Sussuro é:


   Bem, em termos de recomendações, eu recomendo esse livro para todos que gostaram muito de Crepúsculo, pois a temática é bastante parecida, mas colocando Hush Hush e Twilight, eu prefiro Twilight. Há muitos fãs de Hush Hush, e isso é porque é possivel se identificar com a protagonista, então fatalmente esse livro tem como público alvo as meninas, ou mulheres. Infelizmente não encontrei passagens que me interessaram.