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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Resenha - Invasora: A Convocação


http://www.novostalentosdaliteratura.com.br/wp-content/uploads/Invasora-1.jpgTítulo Original: Invasora - A Convocação
Gênero: Romance / Fantasia
Autor (a): J. S Dalmolin
Edição:
Ano: 2011
Editora: Novo Século
INSB: 978-8576492758
Nº de Páginas: 231
Sinopse:
 Sammy é apenas mais uma adolescente, entre tantas, que enfrenta a difícil crise da separação dos pais. Ela achava que sua vida estava um verdadeiro, porém as coisas ficam ainda piores quando é atropelada e acorda no século XVI.
   No início, pensou estar sonhando, depois achou que estava enlouquecendo completamente, mas percebeu que nada teria importância se o amor que descobriu sentir por Ian fosse correspondido. Contudo, esse amor está fadado ao fim, ela terá de retornar ao seu tempo se quiser continuar vivendo.
   Um envolvente romance no qual as aparências enganam e o tempo também é um inimigo.

   Olha, esse livro, definitivamente, me surpreendeu. Quando fuxiquei o site da autora encontrei várias coisas legais, por exemplo, definições - ou redefinições - de seres e até a invenção de alguns que eu não conhecia (mas o meu conhecimento de seres sobrenaturais se limita a Vampiros, Lobisomens, Anjos e Demônios, então não sei se já existia...). Mas quando peguei o livro em mãos fiquei um pouco decepcionado. A sinopse não comenta nada sobre a parte sobrenatural (e legal) do livro. Temi cair em romance Edward-Bella - perdoem-me os fãs da serie -, mas isso felizmente não aconteceu.

   E esse é o primeiro aspecto negativo do livro. Acredito que uma sinopse deva esclarecer o que será encontrado na leitura. Como um livro desses, banhado em sobrenatural, não faz nenhuma propaganda dessa parte deliciosa? Eu, por exemplo, nem desconfiaria de nada apenas lendo essa sinopse... 

   O livro aborda a estória de Sammy, uma garota comum que está super transtornada por ter que segurar sozinha os problemas da mãe, uma mulher em plena crise de separação. Tudo vai muito bem, ou melhor, muito mal, mas, claro, sempre pode piorar... No meio de um surto de raiva e rebeldia, Sammy decidi fazer o que precisa para não frustar os seus próprios planos. Não é nada absurdo ou ilícito, trata-se de ganhar tempo pedalando sobre duas rodas. Afinal o ônibus demora um século! (sei como ela se sente ¬¬)

    No meio desse passeio, Sammy é atropelada, mas isso nem de longe é o maior de seus problemas. Em um lugar estranho, com gente estranha e uma paisagem linda, Sammy acorda. Eles não falam Português, mas ela os entende... Como? Quem são eles? E quais mistérios cercam seu anfitrião, Ian? São algumas das perguntas que Sammy tem e que as respostas você só encontra nas páginas desse ótimo livro.

   Por falar em narrar a estória, Dalmolin usou um recurso que eu nunca vi antes. Os capitulos pares são narrados em primeira pessoa, pela Sammy, já os ímpares, são narrados em terceira pessoa, com um narrador que não não é onisciente nem onipresente, ou seja, ele apenas tem seu conhecimento restrito as ações e pensamentos de Ian. A narrativa é, no mínimo, característica, mas o grande problema é a repetição de cenas. Ou seja em uma capítulo você lê: "(...) ele me tomou em seus braços e me beijou (...)" no capítulo seguinte você lerá: "(...)então Ian a tomou em seus braços e a beijou(...)". Mas isso vem a calhar em momentos em que a protagonista está, digamos, zonza e seus sentidos estão debilitados. Nesse aspecto a narrativa em terceira pessoa de Ian, narra como ele percebeu tal acontecimento. Também há, claro, momentos em que os dois protagonistas não se encontram juntos e, nesses casos, os dois tipos de narração se enquadram perfeitamente. No final, achei que o estilo se enquadrou muito bem e, com o tempo Ian fazia muito mais coisas que Sammy percebia, então não ficou tão repetitivo. Fora que os acontecimentos repetitivos foram gradativamente enxugados pela autora, que narrou de forma muito rápida as cenas repetitivas, talvez por perceber que estava sendo cansativo.

   Dalmolin, como eu disse, nos apresentou muitas novas criaturas, além de nos dar novos conceitos sobre algumas conhecidas nossas. O livro é banhado em ação. Lutas, novas habilidades, segredos e magia você encontras aos montes nessas páginas e eu estou me remoendo para não soltar spoiler ç.ç

   O tempo nesse livro é demarcado mais pela narrativa que tudo (apesar de, no início, ser indicado em que ano se encontra a estória) e isso se dá pelas dificuldades encontradas em algo tão simples quanto cruzar alguns quilômetros. Para nós, alguns minutos, talvez horas, mas para eles, dias, talvez semanas. 

   A diagramação é simples e alguns erros poderiam ser corrigidos com uma leve revisão, mas nada que atrapalhe a leitura. O material é de boa qualidade, mas as páginas brancas sempre revelam que foram usadas, sempre ficam com um escuro característico, mesmo eu tendo tomado tanto cuidado. A capa merece atenção especial, há nela, à esquerda, um antigo castelo e, à direita, uma cidade jovem. Além de preta... *-* Muito linda!

   E o conceito final de Invasora - A Convocação é:



   Escolhi essa nota porque, apesar do enredo super atraente, temos a questão da sinopse (e, sim, eu levo a sinopse em conta u.u) além de muitas coisas sem respostas. Sim, é uma série, eu sei, mas poderia haver mais esclarecimentos do que há. 


   Nem preciso falar que eu SUPER recomendo a história e que estou aguardando anciosamente pela continuação. Tenho minhas suspeitas sobre a família de Sammy, principalmente quanto a sua avó...

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Comentam o que acharam! Se já leram, do que mais gostaram? Ou do que não gostaram? É rapidinho ^.^